domingo, 5 de dezembro de 2010

Dead Poets Society - Sociedade dos Poetas Mortos

 
 
Na ausência de um post à altura dos dias em que me submeti ao desaparecimento digital, Sociedade dos Poetas Mortos caiu como uma luva para o momento atual em que vivo. Muitos de meus alunos estão prestes a dar um dos primeiros e mais importantes passos em suas vidas: a escolha de uma carreira, uma profissão que, enfim, resuma suas vidas a algo que os faça sentir a vida, ser sensível às escolhas e oportunidades que ela nos oferece. Essa grande lição e outras mais podem ser base de inspiração para quem aprecia esse magnífico filme sob a direção de Peter Weir e o premiado roteiro original de Tom Shulman. Robin Williams atua como um protótipo de um mestre que, em algum momento, já passou em nossas vidas ou há de passar, pois é ele a esplendorosa essência desta obra cinematográfica.
John Keating é um professor de Inglês fora dos padrões esperados numa Escola Tradicional para meninos. ‘CARPE DIEM’ era a verdadeira máxima de suas aulas: 'SIEZE THE DAY. MAKE YOUR LIVES EXTRAORDINARY' (Aproveite o dia, façam suas vidas extraordinárias). O interesse de Keating era atingir os alunos para que refletissem sobre suas próprias existências. ‘Afinal, será que estamos fazendo valer nossa existência? Será que queremos que o tempo passe e venhamos a ser comida de vermes sem que nada do que tenhamos feito tenha repercussão? Deixaremos a vida passar sem perceber a riqueza contida nela?’. O valor da vida, afinal, é concedido a cada experiência a que todos nós havemos de estar submetidos todos os dias.
O submisso perfil dos alunos embatiam com esse princípio filosófico, pois suas vidas estariam traçadas e decididas pelos simples anseios de seus pais. Keating ensina aos seus alunos muito mais que conteúdo para serem aprovados no vestibular. Ele os ensina a pensar, refletir como seres críticos, amar a poesia e viver a cada instante. No anuário de Keating está, entre suas paixões, a “Sociedade dos Poetas Mortos”. Intrigados, os alunos, liderados por Neil Perry (Robert Sean Leonard), o questionam sobre o assunto. Quando explica aos jovens que a Sociedade era um grupo de rapazes que se reuniam à noite em uma caverna indígena próxima ao colégio para ler poesias, eles ficam impressionados e decidem fazer o mesmo.
"Sociedade dos Poetas Mortos" é um filme incrível pelos valores e pela busca de ideais que nos presenteia, pois alimenta os nossos sonhos, instiga-nos a rever posturas e condutas e, principalmente, proporciona o olhar para nós mesmos em busca daquilo que nos faça sentir orgulho do que fizemos em nossas vidas. "Carpe Diem" há de permanecer na mente daqueles que chegam ao final do filme sabendo que presenciaram uma experiência de aprendizagem.





Soundtrack list
1. Carpe Diem (04:47)

from: Dead Poets Society
2. Neal (03:16)
from: Dead Poets Society
3. To the Cave (02:35)
from: Dead Poets Society
4. Keating's Triumph (05:59)
from: Dead Poets Society
5. Football Training (Ode to Joy; excerpt) (05:04)
from: Dead Poets Society / composed by Beethoven, performed by the Chicago Symphony Orchestra conducted by Fritz Reiner
6. Building the Barn (orchestral version) (05:04)
from Witness: performed by the Royal Philharmonic Orcestra conducted by Maurice Jarre
7. Prelude (02:17)
from: The Year of Living Dangerously
8. Death of a Child (05:07)
from: The Year of Living Dangerously
9. Kwan (07:06)
from: The Year of Living Dangerously







 


 




4 comentários:

  1. Boa Mirelle... Esse filme lembra muito meu pai, que se negava a me ajudar a escolher a profissão. Até que quando eu voltei da inscrição do vestibular, resolvi pregar uma peça no velho.

    - Pai, escolhi que vou ser assitente social.
    Meu pai revoltado, pegou no meu braço e disse, não! Tú é doido? Bora lá mudar isso que meu filho não vai ser assitente social.

    Bom, o fim vc sabe, me formei arquiteto e até hoje não dei nem um tiro na cabeça!

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  2. Nossa, é esse o espírito, amigo. O filme é um retrato de nós mesmos, por tudo que já passamos ou iremos ainda passar, é uma verdadeira lição em todos os sentidos. Que bom que vc gostou. Bjs

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  3. Adorei o post Mi...e amo esse filme, quando tu falou na sala esqueci de comentar que quando assisti pela primeira vez tinha uns 15 anos e com minhas amigas acabamos fundando uma Sociedade dos poetas mortos com direito a carta de fundação e encontros na biblioteca da escola...a gente queria mesmo aproveitar a vida!!!

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  4. Nossa, que maravilha, Nique!
    Coisa boa é poder ter histórias pra contar...

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